"O martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece a Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens." (Santo Tomás de Aquino)
domingo, 22 de abril de 2012
domingo, 15 de abril de 2012
Estamos no Domingo da Oitava da Páscoa!!!!!
Estamos no Domingo da Oitava da Páscoa, chamado na Liturgia antiga de “In Albis”. Na santa Vigília pascal os catecúmenos eram batizados; tornavam-se neófitos (recém nascidos). Recebiam, então, a veste branca, que portavam consigo durante toda a semana da Oitava pascal. Neste hoje, após a Santa Missa, eles depunham as vestes batismais. Por isso este Domingo era conhecido como “Dominica in albis depositis”, isto é, “Domingo no qual se depõem as vestes alvas”.
Na Liturgia, há várias referências aos recém batizados. Eis:
(1) A Antífona de Entrada traz os seguintes dizeres: “Como crianças recém-nascidas, desejai o puro leite espiritual para crescerdes na salvação” (1Pd 2,2). É uma clara referência aos recém-nascidos em Cristo, aqueles que foram batizados há oito dias e aos quais Santo Agostinho se dirige no Ofício das Leituras de hoje: “Minha palavra se dirige a vós, filhos recém-nascidos, pequeninos em Cristo, nova prole da Igreja, graça do Pai, fecundidade da Mãe, germe santo, multidão renovada, flor de nossa honra e fruto do nosso trabalho, minha alegria e coroa, todos vós que permaneceis firmes no Senhor”. O puro leite espiritual, neste caso, a verdadeira fé católica na sua integridade e o alimento dos sacramentos que o Senhor instituiu e entregou à Sua Igreja.
(2) Depois, a coleta (= oração do dia), que traz uma maravilhosa referência aos sacramentos da iniciação cristã: “Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do Vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o Batismo que nos lavou, o Espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu”. Compreender não só com a mente, mas com o coração, com a participação piedosa os sacramentos que nos imergem na vida pascal do Cristo Salvador: o Batismo que nos lavou, o Sangue do Cristo, que nos redime, referência à Eucaristia, presentificação real do sacrifício pascal, único e eterno, do Cristo Jesus, e o Espírito que nos deu vida nova, referência ao Santo Espírito dado em cada sacramento, sobretudo no Batismo, como vida nova, na Crisma, como força de Cristo, e na Eucaristia, sacramento do Corpo e Sangue do Senhor imolado e ressuscitado, pleno de Espírito Santo. Viver a vida sacramental é viver no Espírito de Cristo, que nos une realmente ao Salvador.
(3) Ainda uma outra referência aos neófitos encontra-se na oração sobre as ofertas: “Acolhei, ó Deus, as oferendas do vosso povo e dos que renasceram nesta Páscoa, para que, renovados pela profissão de fé e pelo Batismo, consigamos a eterna felicidade”. Que síntese bem feita: a profissão de fé e o Batismo. O Batismo é o sacramento da fé; somos batizados na fé da Igreja, que fazemos nossa. Não existe uma fezinha privada. A fé é pessoal, mas jamais individual e muito menos individualista. Creio na fé da Igreja; creio com a Igreja e como a Igreja; creio como Igreja; minha fé, eu a recebi da Igreja, que a guarda tal qual recebeu dos Apóstolos. Assim, no momento do Batismo, professamos a fé. Pergunta-se se cremos e somos batizados: “Crês no Pai, no Filho e no Espírito Santo?” Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
Aparece ainda o tema dos sacramentos da iniciação, conferidos pela Igreja n noite da Páscoa, tal como enunciado na Coleta da Missa. Trata-se do profundo e misterioso texto da 1Jo 5,1-6, que serve de segunda leitura: “Quem é o vencedor do mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? Ei-Lo, Jesus Cristo, Aquele que veio pela água e pelo sangue; não só pela água, mas pela água e pelo sangue. E o Espírito é quem dá testemunho Dele, porque o Espírito é a verdade”. Qual o significado deste texto? Jesus Cristo imolado e ressuscitado é Aquele que continuamente vem à Sua Igreja pelos sacramentos pascais. Ele vem vindo sempre, sempre se fazendo presente à Sua Igreja, pleno de Espírito Santo vivificador na água do Batismo e no Sangue da Eucaristia. Aquela água e aquele sangue que jorraram do lado aberto do Cristo logo após Ele ter entregado o Espírito (cf. Jo 19,34) são os mesmos que continuam a brotar para a Igreja, jorrando do Cordeiro de pé como que imolado, para sempre diante do Pai (cf. Ap 5,6). A água do nosso Batismo e o pão e o vinho, elementos deste mundo, uma vez “espirituados” pela invocação do Santo Espírito, tornam-se elementos não mais deste mundo simplesmente, mas elementos vindos do céu, diretamente do lado de Cristo imolado e ressuscitado.
Aqui encontra lugar o tema da misericórdia, que o Beato João Paulo II determinou que fosse introduzido neste Domingo da Oitava. Tal tema encontra inspiração nas experiências mística de Santa Faustina Kowalski, a quem Jesus apareceu com dois raios luminosos que brotam do seu Coração, pedindo-lhe que o Domingo da Oitava fosse dedicado à misericórdia divina. Estes dois raios bem podem significar a água e o sangue que brotam do Coração do Senhor imolado e ressuscitado, símbolos dos sacramentos pascais, como já vimos. Precisamente o Batismo que nos regenera, arrancando-nos da miserável situação de pecadores, e a Eucaristia que nos insere de modo total no mistério pascal, mistério por excelência da misericórdia redentora de Cristo, são as máximas expressões da misericórdia divina: “Deus amou tanto o mudo que entregou o Seu Filho único, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
Assim, aqueles que foram batizados na Solenidade pascal e todo o povo cristão, precisamente ao receber os sacramentos pascais, fazem novamente experiência da misericórdia de Deus, que num Espírito eterno entregou o Seu próprio Filho por nós (cf. Hb 9,14). Este Filho, enviado pelo Pai no Espírito, agora envia toda a Sua Igreja, de modo particular no ministério apostólico, a dar nos sacramentos o Espírito Santo do Ressuscitado, Espírito que nos redime do pecado e nos faz participar da vida divina (cf. Jo 20,22s; At 2,33.38; 5,31s; Tt 3,4-7) para que tenhamos parte na misericórdia salvífica do Senhor. É a vida nova, vida divina que a misericórdia do Senhor nos traz nos sacramentos, que é expressa pela veste alva do nosso Batismo).
Eis, portanto, o mistério deste Domingo da Oitava, Domingoin albis, Domingo da Divina Misericórdia.
Dom Henrique Soares
sábado, 14 de abril de 2012
"Legalizar o aborto de fetos com anencefalia,erroneamente diagnosticados como mortos cerebraisé descartar um ser humano frágil e indefeso", afirma Nota da CNBB
A Conferência Nacional dos bispos do Brasil, logo após a conclusão do julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54, emitiu nota oficial lamentando a decisão. No texto, os bispos afirmam que "Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso".
Leia a integra da Nota:
Nota da CNBB sobre o aborto de Feto “Anencefálico”
Referente ao julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB lamenta profundamente a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o aborto de feto com anencefalia ao julgar favorável a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54. Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é legislar.
Os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, Constituição Federal), referem-se tanto à mulher quanto aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada, todos os outros direitos são menosprezados, e rompem-se as relações mais profundas.
Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!
A gestação de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe. Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas para a mãe. Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção
Ao defender o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos. Exclui-se, portanto, qualquer argumentação que afirme tratar-se de ingerência da religião no Estado laico. A participação efetiva na defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas deve ser legitimamente assegurada também à Igreja.
A Páscoa de Jesus que comemora a vitória da vida sobre a morte, nos inspira a reafirmar com convicção que a vida humana é sagrada e sua dignidade inviolável.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude em nossa missão de fazer ecoar a Palavra de Deus: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
domingo, 1 de abril de 2012
CELEBRAÇÃO DO DOMINGO DE RAMOS
E DA PAIXÃO DO SENHOR
HOMILIA DO PAPA BENTO XVI
Praça de São Pedro
Domingo, 1 de Abril de 2012 Queridos irmãos e irmãs! O Domingo de Ramos é o grande portal de entrada na Semana Santa, a semana em que o Senhor Jesus caminha até ao ponto culminante da sua existência terrena. Ele sobe a Jerusalém para dar pleno cumprimento às Escrituras e ser pregado no lenho da cruz, o trono donde reinará para sempre, atraindo a Si a humanidade de todos os tempos e oferecendo a todos o dom da redenção. Sabemos, pelos Evangelhos, que Jesus Se encaminhara para Jerusalém juntamente com os Doze e que, pouco a pouco, se foi unindo a eles uma multidão cada vez maior de peregrinos. São Marcos refere que, já à saída de Jericó, havia uma «grande multidão» que seguia Jesus (cf. 10, 46). Nesta última parte do percurso, tem lugar um acontecimento singular, que aumenta a expectativa sobre aquilo que está para suceder, fazendo com que a atenção geral se concentre ainda mais em Jesus. À saída de Jericó, na beira do caminho, está sentado pedindo esmola um cego, chamado Bartimeu. Quando ouve dizer que Jesus de Nazaré estava chegando, começa a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim!» (Mc 10, 47). Procuram silenciá-lo, mas sem sucesso; por fim Jesus manda-o chamar, convidando-o a aproximar-se. «O que queres que Eu te faça?» - pergunta-lhe. E ele: «Mestre, que eu veja!» (v. 51). Jesus responde: «Vai, a tua fé te curou». Bartimeu recuperou a vista e começou a seguir Jesus pela estrada (cf. v. 52). Depois deste sinal prodigioso precedido pela invocação «Filho de David», de improviso levanta-se um frêmito de esperança messiânica no meio da multidão, fazendo com que muitos se perguntassem: Poderia este Jesus, que caminhava à sua frente para Jerusalém, ser o Messias, o novo David? Porventura teria chegado, com esta sua entrada já iminente na cidade santa, o momento em que Deus iria finalmente restaurar o reino de David? Também a preparação da entrada, combinada por Jesus com os seus discípulos, ajuda a aumentar esta esperança. Como ouvimos no Evangelho de hoje (cf. Mc 11,1-10), Jesus chega a Jerusalém vindo de Betfagé e do Monte das Oliveiras, isto é, seguindo a estrada por onde deveria vir o Messias. De Betfagé, Ele envia à sua frente dois discípulos, com a ordem de Lhe trazerem um jumentinho que encontrarão no caminho. De fato encontram o jumentinho, soltam-no e levam-no a Jesus. Naquele momento, o entusiasmo apodera-se dos discípulos e também dos outros peregrinos: pegam nos seus mantos e colocam-nos uns sobre o jumentinho e outros estendidos no caminho por onde Jesus passa montado no jumento. Depois cortam ramos das árvores e começam a apregoar expressões do Salmo 118, antigas palavras de bênção dos peregrinos que, naquele contexto, se tornam uma proclamação messiânica: «Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai David! Hosana no mais alto dos céus!» (vv. 9-10). Esta aclamação festiva, transmitida pelos quatro evangelistas, é um brado de bênção, um hino de exultação: exprime a convicção unânime de que, em Jesus, Deus visitou o seu povo e que o Messias ansiado finalmente chegou. E todos permanecem lá, numa crescente expectativa da ação que Cristo realizará quando entrar na sua cidade. Mas qual é o conteúdo, o sentido mais profundo deste grito de júbilo? A resposta é-nos dada pela Escritura no seu conjunto, quando nos lembra que no Messias se cumpre a promessa da bênção de Deus, a promessa feita por Deus originariamente a Abraão, o pai de todos os crentes: «Farei de ti um grande povo e te abençoarei (...). Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!» (Gn 12, 2-3). Trata-se de uma promessa que Israel mantivera sempre viva na oração, especialmente na oração dos Salmos. Por isso, Aquele que a multidão aclama como o Bendito é, ao mesmo tempo, Aquele em quem será abençoada a humanidade inteira. Assim, na luz de Cristo, a humanidade reconhece-se profundamente unida e, de certo modo, envolvida pelo manto da bênção divina, uma bênção que tudo permeia, tudo sustenta, tudo redime, tudo santifica. E aqui podemos descobrir uma primeira grande incumbência que nos chega da festa de hoje: o convite a adotar a visão reta sobre a humanidade inteira, sobre os povos que formam o mundo, sobre suas diversas culturas e civilizações. A visão que o crente recebe de Cristo é um olhar de bênção: um olhar sapiencial e amoroso, capaz de captar a beleza do mundo e condoer-se da sua fragilidade. Nesta visão, manifesta-se o próprio olhar de Deus sobre os homens que Ele ama e sobre a criação, obra das suas mãos. Lemos no Livro da Sabedoria: «De todos tens compaixão, porque tudo podes, e fechas os olhos aos pecados dos mortais, para que se arrependam. Sim, amas tudo o que existe e não desprezas nada do que fizeste; (...) a todos, porém, tratas com bondade, porque tudo é teu, Senhor amigo da vida» (Sb 11, 23-24.26). Voltando à passagem do Evangelho de hoje, perguntemo-nos: Que pensavam, realmente, em seus corações aqueles que aclamam Cristo como Rei de Israel? Certamente tinham a sua idéia própria do Messias, uma idéia do modo como devia agir o Rei prometido pelos profetas e há muito esperado. Não foi por acaso que a multidão em Jerusalém, poucos dias depois, em vez de aclamar Jesus, grita para Pilatos: «Crucifica-O!», enquanto os próprios discípulos e os outros que O tinham visto e ouvido ficam mudos e confusos. Na realidade, a maioria ficara desapontada com o modo escolhido por Jesus para Se apresentar como Messias e Rei de Israel. É precisamente aqui que se situa o ponto fulcral da festa de hoje, mesmo para nós. Para nós, quem é Jesus de Nazaré? Que idéia temos do Messias, que idéia temos de Deus? Esta é uma questão crucial, que não podemos evitar, até porque, precisamente nesta semana, somos chamados a seguir o nosso Rei que escolhe a cruz como trono; somos chamados a seguir um Messias que não nos garante uma felicidade terrena fácil, mas a felicidade do céu, a bem-aventurança de Deus. Por isso devemos perguntar-nos: Quais são as nossas reais expectativas? Quais são os desejos mais profundos que nos animaram a vir aqui, hoje, celebrar o Domingo de Ramos e iniciar a Semana Santa? Queridos jovens, aqui reunidos! Em todos os lugares da terra onde a Igreja está presente, este Dia é especialmente dedicado a vós. Por isso, vos saúdo com muito carinho! Que o Domingo de Ramos possa ser para vós o dia da decisão: a decisão de acolher o Senhor e segui-Lo até ao fim, a decisão de fazer da sua Páscoa de morte e ressurreição o sentido da vossa vida de cristãos. Tal é a decisão que leva à verdadeira alegria, como quis recordar na Mensagem aos Jovens para este seu Dia - «Alegrai-vos sempre no Senhor» (Flp 4, 4) -, e como se vê na vida de Santa Clara de Assis, que há oitocentos anos – exatamente no Domingo de Ramos –, movida pelo exemplo de São Francisco e dos seus primeiros companheiros, deixou a casa paterna para consagrar-se totalmente ao Senhor: com dezoito anos, teve a coragem da fé e do amor para se decidir por Cristo, encontrando n’Ele a alegria e a paz. Queridos irmãos e irmãs, dois sentimentos nos animem particularmente nestes dias: o louvor, como fizeram aqueles que acolheram Jesus em Jerusalém com o seu «Hosana»; e a gratidão, porque, nesta Semana Santa, o Senhor Jesus renovará o dom maior que se possa imaginar: dar-nos-á a sua vida, o seu corpo e o seu sangue, o seu amor. Mas um dom assim tão grande exige que o retribuamos adequadamente, ou seja, com o dom de nós mesmos, do nosso tempo, da nossa oração, do nosso viver em profunda comunhão de amor com Cristo que sofre, morre e ressuscita por nós. Os antigos Padres da Igreja viram um símbolo de tudo isso num gesto das pessoas que acompanhavam Jesus na sua entrada em Jerusalém: o gesto de estender os mantos diante do Senhor. O que devemos estender diante de Cristo – diziam os Padres - é a nossa vida, ou seja, a nós mesmos, em sinal de gratidão e adoração. Para concluir, escutemos o que diz um desses antigos Padres, Santo André, Bispo de Creta: «Em vez de mantos ou ramos sem vida, em vez de arbustos que alegram o olhar por pouco tempo, mas depressa perdem o seu vigor, prostremo-nos nós mesmos aos pés de Cristo, revestidos da sua graça, ou melhor, revestidos d’Ele mesmo (…); sejamos como mantos estendidos a seus pés (…), para oferecermos ao vencedor da morte não já ramos de palmeira, mas os troféus da sua vitória. Agitando os ramos espirituais da alma, aclamemo-Lo todos os dias, juntamente com as crianças, dizendo estas santas palavras: “Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel”» (PG 97, 994). Amém! Livrete da Celebração: http://www.vatican.va/news_services/liturgy/libretti/2012/20120401.pdf Vídeo da Missa: http://player.rv.va/vaticanplayer.asp?language=it&tic=VA_K12ZBM5J |
Assinar:
Postagens (Atom)