quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Vimpas

Sendo paramentos usados em muitas dioceses do mundo, incluindo Roma, as Vimpas são pequenas capas servem para portar as insígnias episcopais enquanto o bispo não as está endossando. Semelhantes ao véu-umeral, menores e menos enfeitadas, são usadas pelo mitrífero e baculífero que portam mitra e báculo, respectivamente. Suas cores variam conforme a cor litúrgica da cerimônia. Além do significado de respeito com as insígnias episcopais, as vimpas possuem um lado prático que é evitar que o suor das mãos dos acólitos sujem ou danifiquem as insígnias, mormente o tecido da mitra.


Nesta primeira foto, vemos atrás do Santo Padre, dois acólitos portando vimpas roxas.


Na foto, da celebração de Domingo de Ramos, vemos à esquerda, ao lado do cardeal-diácono, o mitrifero que porta vimpa vermelha com franjas douradas. Ele usá-a para segurar a mitra do Celebrante.


Nesta outra cerimônia, ao lado do diácono, a direita, vemos o baculífero com uma vimpa branca, portando a férula papal.


Na foto à direita, durante um batismo, o baculífero usa-se de uma vimpa branca para portar a férula papal.



Ao lado, têm-se um acólito no qual podemos notar o uso deste mesmo paramento, ao fim da Missa da Ceia do Senhor na 5ª feira Santa.



Embora, em algumas dioceses o librífero usa vimpa ao portar o missal e ao apresentá-lo ao celebrante. Tal prática, é desaconselhável, pois sugere que o missal possui a mesma dignidade das insígnias o que é inverdade, ademais, ao segurar o missal com as mãos envoltas no tecido, corre-se o risco de cobrir parte do texto, amassar a folha ou até mesmo rasgá-la.
Existem casos, inclusive, em que as vimpas foram substituídas por luvas, sob o pretexto de que as vimpas se confundem com o véu-umeral. Todavia esqueceu-se que as vimpas fazem parte do conjunto de paramentos, conservados pela tradição e que as luvas, durante a história da Igreja, foi sempre um privilégio episcopal (que não se estendia nem aos abades). Tais luvas são, portanto, uma imitação descontextualizada das luvas pontificais e substitutas impróprias das vimpas; sendo, portanto, condenável tal uso.
Como podemos observar, as vimpas constituem um exemplo dos muitos paramentos que, além de terem o seu significado litúrgico, são extremamente funcionais. Elas apresentam a dignidade do bispo pelo modo como se segura suas insígnias: não são tocadas diretamente. É, sem dúvida alguma, uma pena que não sejam usadas em muitas missas pontificais: não apenas pela falta de zelo em portar à mitra, sujando-a com o suor das mãos, mas pela abdicação de uma parte do tesouro litúrgico da Igreja Católica.

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