sexta-feira, 29 de junho de 2012



Homilia do Santo Papa Bento XVI para a solenidade de São Pedro e São Paulo



Venerados Cardeais,
Amados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Queridos irmãos e irmãs!
Reunimo-nos à volta do altar para celebrar solenemente os Apóstolos São Pedro e São Paulo, Padroeiros principais da Igreja de Roma. Temos connosco os Arcebispos Metropolitas nomeados durante os últimos doze meses, que acabaram de receber o pálio: a eles dirijo, de modo especial e afectuoso, a minha saudação. E, enviada por Sua Santidade Bartolomeu I, está presente também uma eminente Delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, que acolho com gratidão fraterna e cordial. Em espírito ecuménico, tenho o prazer de saudar, e agradecer pela sua participação, «The Choir of Westminster Abbey», que anima a Liturgia juntamente com a Capela Sistina. Saúdo também os Senhores Embaixadores e as Autoridades civis: a todos agradeço pela presença e a oração.
À frente da Basílica de São Pedro, como todos bem sabem, estão colocadas duas estátuas imponentes dos Apóstolos Pedro e Paulo, facilmente identificáveis pelas respectivas prerrogativas: as chaves na mão de Pedro e a espada na mão de Paulo. Também na entrada principal da Basílica de São Paulo Extra-muros, estão conjuntamente representadas cenas da vida e do martírio destas duas colunas da Igreja. Desde sempre a tradição cristã tem considerado São Pedro e São Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo. Mas, a sua ligação como irmãos na fé adquiriu um significado particular em Roma. De facto, a comunidade cristã desta Cidade viu neles uma espécie de antítese dos mitológicos Rómulo e Remo, o par de irmãos a quem se atribui a fundação de Roma. E poder-se-ia, continuando em tema de fraternidade, pensar ainda noutro paralelismo antitético formado com o primeiro par bíblico de irmãos: mas, enquanto nestes vemos o efeito do pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar de ser humanamente bastante diferentes e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava. Só o seguimento de Cristo conduz a uma nova fraternidade: esta é, para cada um de nós, a primeira e fundamental mensagem da Solenidade de hoje, cuja importância se reflecte também na busca da plena comunhão, à qual anelam o Patriarca Ecuménico e o Bispo de Roma, bem como todos os cristãos.
Na passagem do Evangelho de São Mateus que acabamos de ouvir, Pedro faz a sua confissão de fé em Jesus, reconhecendo-O como Messias e Filho de Deus; fá-lo também em nome dos outros apóstolos. Em resposta, o Senhor revela-lhe a missão que pretende confiar-lhe, ou seja, a de ser a «pedra», a «rocha», o fundamento visível sobre o qual está construído todo o edifício espiritual da Igreja (cf. Mt 16, 16-19). Mas, de que modo Pedro é a rocha? Como deve realizar esta prerrogativa, que naturalmente não recebeu para si mesmo? A narração do evangelista Mateus começa por nos dizer que o reconhecimento da identidade de Jesus proferido por Simão, em nome dos Doze, não provém «da carne e do sangue», isto é, das suas capacidades humanas, mas de uma revelação especial de Deus Pai. Caso diverso se verifica logo a seguir, quando Jesus prediz a sua paixão, morte e ressurreição; então Simão Pedro reage precisamente com o impeto «da carne e do sangue»: «Começou a repreender o Senhor, dizendo: (...) Isso nunca Te há-de acontecer!» (16, 22). Jesus, por sua vez, replicou-lhe: «Vai-te daqui, Satanás! Tu és para Mim uma ocasião de escândalo...» (16, 23). O discípulo que, por dom de Deus, pode tornar-se uma rocha firme, surge aqui como ele é na sua fraqueza humana: uma pedra na estrada, uma pedra onde se pode tropeçar (em grego, skandalon). Por aqui, se vê claramente a tensão que existe entre o dom que provém do Senhor e as capacidades humanas; e aparece de alguma forma antecipado, nesta cena de Jesus com Simão Pedro, o drama da história do próprio Papado, caracterizada precisamente pela presença conjunta destes dois elementos: graças à luz e força que provêm do Alto, o Papado constitui o fundamento da Igreja peregrina no tempo, mas, ao longo dos séculos assoma também a fraqueza dos homens, que só a abertura à acção de Deus pode transformar.
E no Evangelho de hoje sobressai, forte e clara, a promessa de Jesus: «as portas do inferno», isto é, as forças do mal, «non praevalebunt», não conseguirão levar a melhor. Vem à mente a narração da vocação do profeta Jeremias, a quem o Senhor diz ao confiar-lhe a missão: «Eis que hoje te estabeleço como cidade fortificada, como coluna de ferro e muralha de bronze, diante de todo este país, dos reis de Judá e de seus chefes, dos sacerdotes e do povo da terra. Far-te-ão guerra, mas não hão-de vencer - non praevalebunt -, porque Eu estou contigo para te salvar» (Jr 1, 18-19). Na realidade, a promessa que Jesus faz a Pedro é ainda maior do que as promessas feitas aos profetas antigos: de facto, estes encontravam-se ameaçados por inimigos somente humanos, enquanto Pedro terá de ser defendido das «portas do inferno», do poder destrutivo do mal. Jeremias recebe uma promessa que diz respeito à sua pessoa e ministério profético, enquanto Pedro recebe garantias relativamente ao futuro da Igreja, da nova comunidade fundada por Jesus Cristo e que se prolonga para além da existência pessoal do próprio Pedro, ou seja, por todos os tempos.
Detenhamo-nos agora no símbolo das chaves, de que nos fala o Evangelho. Ecoa nele o oráculo do profeta Isaías a Eliaquim, de quem se diz: «Porei sobre os seus ombros a chave do palácio de David; o que ele abrir, ninguém fechará; o que ele fechar, ninguém abrirá» (Is 22, 22). A chave representa a autoridade sobre a casa de David. Entretanto, no Evangelho, há outra palavra de Jesus, mas dirigida aos escribas e fariseus, censurando-os por terem fechado aos homens o Reino dos Céus (cf. Mt 23, 13). Também este dito nos ajuda a compreender a promessa feita a Pedro: como fiel administrador da mensagem de Cristo, compete-lhe abrir a porta do Reino dos Céus e decidir se alguém será aí acolhido ou rejeitado (cf. Ap 3, 7). As duas imagens – a das chaves e a de ligar e desligar – possuem significado semelhante e reforçam-se mutuamente. A expressão «ligar e desligar» pertencia à linguagem rabínica, aplicando-se tanto no contexto das decisões doutrinais como no do poder disciplinar, ou seja, a faculdade de infligir ou levantar a excomunhão. O paralelismo «na terra (...) nos Céus» assegura que as decisões de Pedro, no exercício desta sua função eclesial, têm valor também diante de Deus.
No capítulo 18 do Evangelho de Mateus, consagrado à vida da comunidade eclesial, encontramos outro dito de Jesus dirigido aos discípulos: «Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no Céu» (Mt 18, 18). E na narração da aparição de Cristo ressuscitado aos Apóstolos na tarde da Páscoa, São João refere esta palavra do Senhor: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos» (Jo 20, 22-23). À luz destes paralelismos, é claro que a autoridade de «desligar e ligar» consiste no poder de perdoar os pecados. E esta graça, que despoja da sua energia as forças do caos e do mal, está no coração do mistério e do ministério da Igreja. A Igreja não é uma comunidade de seres perfeitos, mas de pecadores que se devem reconhecer necessitados do amor de Deus, necessitados de ser purificados através da Cruz de Jesus Cristo. Os ditos de Jesus sobre a autoridade de Pedro e dos Apóstolos deixam transparecer precisamente que o poder de Deus é o amor: o amor que irradia a sua luz a partir do Calvário. Assim podemos compreender também por que motivo, na narração evangélica, à confissão de fé de Pedro se segue imediatamente o primeiro anúncio da paixão: na verdade, foi com a sua própria morte que Jesus venceu as forças do inferno; com o seu sangue, Ele derramou sobre o mundo uma torrente imensa de misericórdia, que irriga, com as suas águas salutares, a humanidade inteira.
Queridos irmãos, como recordei no princípio, a iconografia tradicional apresenta São Paulo com a espada, e sabemos que esta representa o instrumento do seu martírio. Mas, repassando os escritos do Apóstolo dos Gentios, descobrimos que a imagem da espada se refere a toda a sua missão de evangelizador. Por exemplo, quando já sentia aproximar-se a morte, escreve a Timóteo: «Combati o bom combate» (2 Tm 4, 7); aqui não se trata seguramente do combate de um comandante, mas daquele de um arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se consumou totalmente. Por isso mesmo, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja.
Amados Metropolitas, o pálio, que vos entreguei, recordar-vos-á sempre que estais constituídos no e para o grande mistério de comunhão que é a Igreja, edifício espiritual construído sobre Cristo como pedra angular e, na sua dimensão terrena e histórica, sobre a rocha de Pedro. Animados por esta certeza, sintamo-nos todos juntos colaboradores da verdade, que – como sabemos – é una e «sinfónica», exigindo de cada um de nós e das nossas comunidades o esforço contínuo de conversão ao único Senhor na graça de um único Espírito. Que nos guie e acompanhe sempre no caminho da fé e da caridade, a Santa Mãe de Deus. Rainha dos Apóstolos, rogai por nós!
Amen.

quinta-feira, 28 de junho de 2012



Cíngulo
História
O cíngulo, como a dalmática, foi uma veste de origem romana que se anexou aos paramentos litúrgicos e recebeu da tradição da Igreja um significado cristão. A primeira menção do cíngulo é uma carta do papa Celestino aos bispos de bispos de Viena e Narbone, na Gália no século V. A forma do cíngulo, desde a antiguidade até parte da Idade Média, era de uma estreita faixa com 6 ou 7 centímetros de largura. Era comumente de linho e, por vezes, bordado. O formato de cordão só se popularizou depois do século XV e hoje é o dominante.

Forma e Cores
O cíngulo contra, na atualidade, de um cordão de cerca de 4 metros com dois pompons nas pontas com franjas. O cíngulo segue a cor do tempo, podendo ser branco, roxo, rosa, preto, vermelho, verde ou de cor festiva (dourado). Entretanto, como os demais paramentos usa-se o branco na falta da cor específica.



Em relação à ornamentação, a princípio era simples, posteriormente passou a constar de ricos brocados com ouro e pedras preciosas, principalmente durante a Idade Média. Na atualidade, recuperou parte de sua simplicidade inicial. O cíngulo possui decoração austera que pode constar de fios dourados ou prateados unidos à cor do cíngulo, sem pedras ou ornamentos maiores.
Quem usa e como usa
Usam o cíngulo todos os ministros que portam a alva. Nesses se incluem os acólitos, os leitores instituídos e todos os clérigos. O cíngulo é posto sempre sobre a alva, amarrado a cintura. Se se usa estola, esta fica, tradicionalmente, presa ao cíngulo. Não se usa cíngulo quando não se veste alva; assim, não se usa cíngulo com vestes corais, com batina e sobrepeliz, etc.
Oração e significado
Para se vestir o cíngulo, o rito extraordinário prevê que o sacerdote reze a seguinte fórmula:

"Praecinge me, Domine, cingulo puritatis, et exstingue in lumbis meis humorem libidinis; ut maneat in me virtus continentiae et castitatis."
"Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza, e extingui nos meus rins o fogo da paixão, para que resida em mim a virtude da continência e da castidade."
Tal uso, louvavelmente, pode manter-se no rito novo, uma vez que essa oração resume de maneira piedosa o significado deste paramento.O cíngulo lembra o antigo gesto de amarrar a veste à cintura para melhor trabalhar, daí a citação dos rins, região onde é amarrado para facilitar a labuta. Essa comparação fez o cíngulo se proliferar entre os monges.

Pode-se estabelecer uma relação ainda com a escritura do Antigo Testamento, na qual Deus ordena que os Hebreus comam a Páscoa cingidos (cíngulo) e com o manto (casula). Entretanto a relação que a tradição cristã mais bem aplicou ao cíngulo foi a sua relação com a castidade e a pureza de espírito, como ressalta a oração.
Fotos do Uso do cíngulo
É um pouco trabalhoso encontrar imagens que mostrem o uso do cíngulo, uma vez que este paramento é usado sob a casula e, no caso dos bispos, sob a dalmática pontifical. As imagens mostradas são do uso com casula romana, apenas por uma questão de facilidade na visualização.






Amito
História
A origem do amito não está num parecido paramento romano que eles usavam junto ao pescoço, mas sim de um véu branco de forma retangular usado inicialmente pelos monges do Egito. Com o nome de “anagolaium” é mencionado no século IX em Roma; dois séculos mais tarde recebe o nome de humeral na região germânica.

Como “amictus” é mencionado pela primeira vez no Ordo Romanas como paramento exclusivo do pontífice, dos diáconos e subdiáconos de Roma que o vestiam sobre a alva. A princípio o amito foi exclusivamente romano; apenas passado muito depois depois de sua introdução em Roma que este paramento migrou para fora da península itálica. Com essa disseminação, ele sofreu uma modificação em sua forma de uso: passou a ser usado por baixo da alva.

Forma
O amito consta, atualmente, de um pequeno paramento de tecido branco, geralmente quadrado ou retangular. Pode ser decorado com uma pequena cruz, ou com outro ornamento, entretanto não deve ser muito pomposo. Possui ainda tiras para ser preso ao corpo. Essas tiras podem ser brancas ou, na liturgia pontifical, vermelhas.



Quem usa e como usa
Todos os que usam alva usam também o amito. Na forma extraordinária só faz uso do amito clérigos superiores ou pertencentes à ordem do subdiaconato. Na forma ordinária, até mesmo leigos que acolitam o podem usar se portarem alva. Entretanto, é mais coerente com a tradição que os ministros leigos usem batina e sobrepeliz; e a alva com cingulo e amito se reserve aos clérigos.

Veste-se da seguinte forma: quando se usa a batina, ele vai por dentro do colarinho, para que fique bem preso; dá uma volta no corpo com as tiras e amarra-se no peito. Existem dois tipos de uso do amito:


·                     Uso com Alva:
Uso mais comum do amito, presente em ambas as formas do rito romano. Usa-se amito sobre o hábito talar (ou veste civil) e sobre ele põe-se a alva. Sobre ela cada ministro veste os paramentos de acordo com a função na celebração. Em se tratando do bispo ele pode vestir o amito sobre batina e roquete, não porém sobre batina e sobrepeliz.


·                     Uso sem alva:
Exclusivo da forma extraordinária do rito romano, o uso do amito sem alva se dá com os diáconos assistentes e presbítero assistente. Os diáconos assistentes usam hábito talar, sobrepeliz, amito e dalmática. O presbítero assistente veste-se como os diáconos assistentes, trocando apenas a dalmática pelo pluvial.

Uso do Amito sobre a cabeça
Os Franciscanos, Dominicanos e até algumas famílias Beneditinas usam, ao celebrar, o amito sobre a cabeça. Esse uso é permitido aos integrantes destas Ordens em ambas as formas do rito romano e nas solenidades especialmente.

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Fanon
Em conservação do antigo uso do amito como paramento papal surgiu o fanon. Este, uma espécie de amito redondo e ornado ornado com listras vermelhas, é usado sobre a casula e sob o pálio, exclusivamente pelo papa. Encontra-se em desuso, todavia não foi abolido.


Oração e significado
Ao vestir o amito diz-se:

"Impone, Domine, capiti meo galeam salutis, ad expugnandos diabolicos incursus."
"Colocai, Senhor, na minha cabeça o elmo da salvação para que possa repelir os golpes de Satanás."
Esta relação do amito com o elmo surgiu no uso monástico de usar o amito sobre a cabeça. Em continuação à pureza que a alva evoca, o amito tem seu significado relacionado à superação das tentações, mais precisamente conseguir esquivar-se das tentações que impedem o sacerdote de ser puro.

Conclusão
Cíngulo e Amito são pequenos paramentos que se unem a alva. Assim como essa, possuem um significado que remete às atitudes daqueles que os portam. Segundo dizem as orações, aqueles que usam tais vestes devem ser repletos de pureza, penitência e especial zelo para ser menos indigno de celebrar os santos mistérios.

Assim, é importante que se preserve o uso de ambos, bem como suas orações, para que os ministros do altar não se esqueçam que sua vida espiritual se une diretamente ao que celebram. Não se trata de dar atenção a detalhes de menor importancia dentro da liturgia, trata-se de preservar a riqueza construida nos séculos passados e fazer que se mantenha presente os elementos e os significados que nos ajudam a entender melhor o Santo Sacrifício que é o centro da liturgia católica.

terça-feira, 26 de junho de 2012


Insígnias Episcopais

As insígnias episcopais compreendem objetos que simbolizam o poder, a jurisdição, a prudência, o amor e a fidelidade do bispo à Igreja e àqueles que lhe foram confiados. São insígnias pontificais: mitra, báculo, anel, cruz peitoral e pálio (CB 57). Normalmente todos os bispos têm direito ao uso dos 4 primeiros (estes também são concedidos aos abades, como falaremos em outra ocasião). O pálio, feito com lã de ovelhas oferecidas ao Papa no dia de Santa Inês, 21 de Janeiro, é concedido aos arcebispos e patriarcas pelo Romano Pontífice. Tal cerimônia se dá no dia 29 de Junho na basílica de São Pedro, na solenidade de São Pedro e São Paulo (ver fa última foto). O anel e a cruz devem ser sempre usadas, mesmo quando não se usa batina.


A mitra, segundo o cerimonial dos bispos, é usada “quando está sentado; quando faz a homilia; quando faz as saudações, as alocuções e os avisos;quando abençoa solenemente o povo; quando executa gestos sacramentais; quando vai nas procissões.” 
O Bispo não usa a mitra: “nas preces introdutórias; nas orações; na Oração Universal; na Oração Eucarística; durante a leitura do Evange­lho; nos hinos, quando estes são cantados de pé; nas procissões em que se leva o Santíssimo Sacramento ou as relíquias da Santa Cruz do Senhor; diante do Santíssimo Sacramento exposto.”
O Bispo pode não usar a mitra quando tiver que tirá-la em seguida, ou quando deslocar-se em uma distância pequena e logo na sequência tenha que tirá-la. À esquerda uma mitra ornada com o brasão do papa João Paulo II bordado às ínfulas (faixas na parte trazeira). (CB 60) 
O báculo é usado apenas no território de jurisdição do bispo ou fora dele com consentimento do ordinário do lugar. O bispo usa o báculo, com a curva voltada para frente, “na procissão, para ouvir a leitura do Evangelho e fazer a homilia, para receber os votos, as promessas ou a profissão de fé; e finalmente para abençoar as pessoas, salvo se tiver de fazer a imposição das mãos.”
Um bispo porta visivelmente o báculo, além da mitra e da cruz em cordão verde. Aparentemente, o anel na mão direita é beijado por uma senhora.

O Papa usa, no lugar do báculo, a férula que é uma espécie de cruz ástil, sem o crucificado. Atualmente Bento XVI usa uma férula dourada, anteriormente usada por João XXIII. Nas fotos abaixo os papas João XIII e Bento XVI porta a férula à mão esquerda.





A cruz peitoral é usada sobre todas as vestes, exceto a casula, pluvial e a dalmática. (CB 61) Todavia, por especial concessão, o bispo pode usar a cruz sobre a casula. O cordão que sustenta a cruz, em ocasiões litúrgicas (com vestes corais ou paramentos) é verde-dourado (CB 63) para os bispos e arcebispos, vermelho-dourado para os cardeais (CB 1205 c) e dourado para o Papa. Nas fotos vemos o papa João Paulo II, um bispo e um cardeal com seus respectivos cordões.








Em ocasiões não liturgicas, a cruz peitoral é usada em cordão dourado simples (CB 1204), como a foto do papa Bento XVI, embora não seja proibido os bispos usarem o cordão simples durante as ações litúrgicas (exeto nas vestes corais, onde o cordão verde-ouro é obrigatório). Os arcebispos podem usar a cruz de dupla aste, como Dom Orani na foto. 







O pálio, no rito romano ordinário, é usado pelos arcebispos somente sobre a casula, não sobre o pluvial ou outro paramento, tampouco sobre as vestes corais. O arcebispo o usa apenas dentro do seu território de jurisdição, o que engloba a arquidiocese e as dioceses sufragâneas; na missa em que o recebe e nas demais celebrações pontifícias em que concelebre. (CB 62)










Na primeira foto, acima, temos o Papa usando seu pálio com cruzes vermelhas (as dos arcebispos são negras) e os cravos. Na outra foto o papa concedendo o pálio a um arcebispo.

Como podemos observar, as insígnias episcopais carregam grande significado teológico, além de possuírem regras próprias de uso, grande parte delas definidas no Caereminiale Episcoporum (Cerimonial dos Bispos). É, pois, lamentável que tais regras sejam descumpridas, pondo a perder todo o bem pastoral que proporciona o uso correto de tão preciosos símbolos, que destacam a ação pastoral do bispo como Sumo-Sacerdote da Igreja de Deus. De igual maneira, belas inígnias usadas de maneira correta, tornam a liturgia mais bela e mais evangelizadora. Os bispos podem ainda usar dalmática, cáligas e luvas pontificais, o que será tratado em postagem própria. 

domingo, 24 de junho de 2012


24 de Junho- Solenidade da Natividade de São João Batista


“Houve um homem enviado por Deus. Seu nome era João. Ele não era a Luz, mas veio para dar testemunho da Luz” (Jo 1,6.8). Assim o Quarto Evangelho apresenta João Batista, João o Batizador, que neste dia 24 a Igreja celebra. É notável como tão poucas palavras dizem tudo desse impressionante profeta de Deus.

“Houve um homem enviado por Deus”. - João não veio por si mesmo, não veio de si mesmo. Foi enviado, é fruto de um sonho de Deus, tem uma missão neste mundo. Assim João, assim cada um de nós. Para quem não crê, o homem é fruto do acaso e a vida de uma pessoa não tem sentido transcendente. Mas, quem crê em Deus, quem vê o tempo à luz da eternidade, sabe com serena admiração que cada pessoa que vem a este mundo é fruto de um pensamento de Deus que não se repete jamais. Cada pessoa tem uma dignidade inalienável, desde o primeiro momento da concepção, cada pessoa tem uma missão neste mundo. João teve a sua: preparar a vinda do Messias esperado por Israel. Sua missão fora anunciada cerca de quatrocentos anos antes de seu nascimento pelo profeta Malaquias: “Eis que vou enviar o meu mensageiro para que prepare um caminho diante de mim. Então, de repente, entrará em seu Templo o Senhor que vós procurais, o Anjo da Aliança, que vós desejais. Eis que vos enviarei Elias, o profeta, antes que chegue o Dia do Senhor, grande e terrível. Ele fará voltar o coração dos pais para os filhos e o coração dos filhos para os pais (3,1.23). Foi também um homem do Absoluto, um homem de Deus, alguém que só de olha para ele, fazia recordar, com saudade, as coisas do céu. João viveu em função de Deus, viveu no deserto. Não era “João do carneirinho”, não era “bonzinho”. Era um homem duro como pedra, alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre, vestia-se com pêlos de camelo e um cinturão de couro (cf. Mt 3,4). Era um homem que arriscou acreditar em Deus, escutar seu chamado, dizer “sim” à missão que o Senhor lhe confiara e viver só para esse Deus. Certa vez, Jesus fez-lhe um elogio rasgado: “Quem fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Mas os que vestem roupas finas vivem nos palácios dos reis. Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e mais que um profeta... Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Batista” (Mt 11,7-11). Sua missão foi preparar a chegada do Messias, despertando e agitando o coração de Israel. Ele era um novo Elias: como Elias, viveu no deserto; como Elias, fora enviado para sacudir o coração do povo; como Elias enfrentou Acab, João enfrentou Herodes, como Elias foi perseguido por Jezabel, assim João, por Herodíades. Ambos homens de Deus, ambos profetas gigantes, ambos, homens de fogo, incoformados com a mediocridade de uma religião arrumadinha!
“Seu nome era João”. - Iohanah, em hebraico, que significa “Deus dá a graça”. Na Bíblia, o nome diz tudo, diz a sina, a missão. “João” é o menino cujo nascimento hoje celebramos. Efetivamente, toda a sua vida foi testemunhar a graça que Deus nos deu, a graça que é Jesus, o Messias. O nome, a vida, a palavra, a morte de João, tudo foi um, foi inteiro, coerente; tudo foi anúncio do Cristo que viria como graça invencível e definitiva de Deus para o mundo. Portanto, João foi seu nome, João sua vida, João sua pregação, João, sua morte. Bendito João!
“Ele não era a Luz, mas veio para dar testemunho da Luz”. - Aqui o aspecto mais característico e comovente de João: sua humildade, sua profunda consciência de quem não era e de quem era. O Batista sabia que não era o Cristo, mas seu precursor; sabia que não era a Palavra, mas somente a voz que clama no deserto. De modo maduro e tranquilo aceitou viver toda a vida em função de um Outro, daquele que é o Filho amado, o Ungido de Deus; humildemente, aceitou diminuir para que Jesus crescesse e confessou não ser digno de desatar-lhe a correia das sandálias. Não! Definitivamente, não foi fácil sua missão! E, no entanto, com que fidelidade ele a levou a termo! Serenamente, João tinha consciência de que somente Jesus é a Luz do mundo, aquela que ilumina a todos, que a todos desvela o verdadeiro e definitivo sentido da existência. Assim, esse santo profeta de Deus não foi somente homem do Absoluto; foi também homem relativo, homem que soube relativizar-se. Fazia sucesso; muitos viam escutá-lo e receber o seu batismo. Ele avisava, realista: “Eu não sou o Messias, sou apenas a voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor!” (cf. Jo 1,19-30). Quando Jesus começou a pregar e os discípulos do Batista encheram-se de ciúme, nosso João disse, tranquilamente, a respeito de Jesus: “É necessário que ele cresça e eu diminua” (cf. Jo 3,22-30). O anúncio do seu nascimento preparou o anúncio do nascimento de Jesus; sua natividade, precedeu o Natal de Jesus, sua pregação abriu caminho para a de Jesus e, finalmente, sua morte anunciou a de Jesus. João foi sempre relativo, preparou sempre um Outro! Só alguém muito livre e maduro poderia viver tal missão em paz. João viveu assim. Ser homem do Absoluto, que levou a sério o seu Deus, e ser homem totalmente relativo, a serviço do anúncio do Messias, levaram João a maus bocados. Ele denunciou o pecado de Herodes; seu mau exemplo, sua infidelidade ao Deus de Israel: Herodes vivia com sua cunhada. João gritou, em nome de Deus: “Não te é lícito!” (cf. Mc 6,18). O profeta tem sempre a incômoda missão de recordar às pessoas que o homem não é a medida de todas as coisas: nem tudo é lícito, nem tudo é permitido, nem tudo é de acordo com a vontade de Deus. O Batista tinha repreendido os soldados pela violência, os publicanos pela ganância e o povo todo pela preguiça em buscar sinceramente a vontade de Deus (cf. Mt 3,712; Lc 3,7-14). Herodes mandou prender o profeta. Foi, precisamente, da prisão, que João dera o mais belo e comovente testemunho a respeito de Jesus. Ele havia anunciado um Messias juiz, vingador de Deus, severo executor da vontade do Altíssimo. Por fidelidade ao anúncio do Messias, ele, o Batizador, estava preso numa masmorra. E, agora, ouvia as notícias sobre Jesus: o Profeta de Nazaré era manso, humilde, misericordioso... Não era bem o Messias como João havia imaginado. Então, ele chamou dois de seus discípulos e os enviou a Jesus com uma pergunta: “És tu aquele que deve vir, ou devemos ainda espera um outro?” E Jesus responde: “Dizei a João o que vistes e ouvistes: os coxos andam, os cegos recuperam a vista e os pobres são evangelizados” – Eram os sinais que os profetas atribuíram ao messias... E Jesus completou: “Felizes os que não se escandalizam por minha causa” (cf. Lc 7,18-23). João, também ele, teve que deixar sua própria visão de Deus e do Messias, para acolher Jesus como o Cristo. Foi sua última conversão, seu último testemunho, a conclusão de sua missão. Agora, podia morrer em paz. E morreu, vítima da fraqueza de um rei bêbado, d da maldade de uma mulher maquiavélica e da leviandade de uma menina vulgar (cf. Mc 6,17-29).
Por tudo isto João é grande, João é exemplo, João viverá para sempre na memória e na gratidão da Igreja. Pelo que foi e pela missão cumprida e pelo exemplo que deu a Igreja louvará e adorará para sempre a Deus cantando os louvores do homem chamado João, o Batista.


Dom Henrique Soares

sexta-feira, 22 de junho de 2012

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sagrado Coração, dai-nos santos sacerdotes!

Oração e exame de consciência propostos pelo Cardeal Mauro Piacenza, Prefeito da Congregação para o Clero, para a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus de 2012, dia dedicado também à oração pela santificação do clero.

Adoração ao Sagrado Coração de Jesus
Ó meu Jesus, Vos peço por toda a Igreja,
concedei-lhe o amor e a luz do Vosso Espírito,
dai vigor às palavras dos sacerdotes,
de tal modo que os corações endurecidos
se enterneçam e retornem a Vós, Senhor.
Ó, Senhor, dai-nos santos sacerdotes;
Vós mesmo, conservai-lhes na santidade.
Ó Divino e Sumo Sacerdote,
que a potência da vossa misericórdia
lhes acompanhe em todos os lugares
e lhes defenda das insídias e dos laços do diabo,
pois ele tenta continuamente as almas dos sacerdotes.
Ó Senhor, que a potência da Vossa misericórdia
quebre e aniquile tudo aquilo
que possa obscurecer a santidade dos sacerdotes,
porque Vós podeis todas as coisas.
Meu Jesus amantíssimo,
Vos peço pelo trinfo da Vossa Igreja,
para que abençoes o Santo Padre e todo o clero;
para obter a graça da conversão
dos pecadores obstinados no pecado;
por uma especial bênção e luz,
Vos peço, Jesus, pelos sacerdotes
com os quais me confessarei durante toda a minha vida.
(Santa Faustina Kowalska)

 

 

Exame de consciência para os sacerdotes

1. "Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade" (Jo. 17,19) Proponho-me seriamente à santidade em meu ministério? Estou convencido de que a fecundidade do meu ministério sacerdotal vem de Deus e que, com a graça do Espírito Santo, devo identificar-me com Cristo e dar a minha vida pela salvação do mundo?
2. "Isto é o meu Corpo" (Mt. 26,26) O Santo Sacrifício da Missa é o centro da minha vida interior? Preparo-me bem, celebro devotamente e, depois, me recolho em ação de graças? A Missa constitui o ponto de referência habitual em minha jornada para louvar a Deus, agradecê-lo pelos seus benefícios, recorrer à sua benevolência e reparar pelos meus pecados e pelos de todos os homens?
3. "O zelo pela tua casa me devora" (Jo. 2,17) Celebro a Missa segundo os ritos e as normas estabelecidas, com autêntica motivação, com os livros litúrgicos aprovados? Estou atento às sagradas espécies conservadas no Sacrário, renovando-as periodicamente? Conservo os vasos sagrados com atenção? Uso dignamente todas as vestes sagradas previstas pela Igreja, tendo presente que atuo in persona Christi Capitis?
4. "Permanecei em meu amor" (Jo. 15,9) Causa-me alegria permanecer diante de Jesus Cristo presente no Santíssimo Sacramento, em minha meditação e silenciosa adoração? Sou fiel à visita diária ao Santíssimo Sacramento? O meu tesouro é o Sacrário?
5. "Explica-nos a parábola" (Mt. 13,36) Faço diariamente a minha meditação, com atenção e procurando superar qualquer tipo de distração que me separe de Deus, buscando a luz do Senhor, a quem sirvo? Medito assiduamente a Sagrada Escritura? Recito atentamente as minhas orações habituais?
6. É necessário "orar sempre, sem desfalecer" (Lc. 18,1) Celebro quotidianamente a Liturgia das Horas integralmente, dignamente, atentamente e devotamente? Sou fiel ao meu compromisso com Cristo nesta dimensão importante do meu ministério, orando em nome de toda a Igreja?
7. "Vem e segue-me" (Mt. 19,21) Nosso Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro amor da minha vida? Observo com alegria meu compromisso de amor a Deus na continência celibatária? Detive-me conscientemente em pensamentos, desejos ou atos impuros; tive conversas inconvenientes? Coloquei-me em ocasião próxima de pecado contra a castidade? Procuro guardar a vista? Fui imprudente ao tratar as diversas categorias de pessoas? A minha vida representa, para os fiéis, um testemunho do fato de que a pureza é possível, fecunda e alegre?
8. "Quem tu és?" (Jo. 1,20) Encontro elementos de fraqueza, preguiça e fragilidade em minha conduta habitual? As minhas conversas estão de acordo com o sentido humano e sobrenatural que um sacerdote deve ter? Estou atento para que não se introduzam em minha vida elementos superficiais ou frívolos? Sou coerente, em todas as minhas ações, com a minha condição de sacerdote?
9. "O Filho do homem não há onde repousar a cabeça" (Mt. 8,20) Amo a pobreza cristã? Coloco meu coração em Deus e sou desapegado interiormente de todo o resto? Estou disposto a renunciar, para melhor servir a Deus, às minhas comodidades atuais, aos meus projetos pessoais, aos meus afetos legítimos? Possuo coisas supérfluas, fiz gastos desnecessários ou me deixo levar pela ânsia do comodismo? Faço o possível para viver os momentos de repouso e de férias na presença de Deus, recordando que sou sacerdote sempre e em todo lugar, também nestes momentos?
10. "Escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revel aste aos pequenos" (Mt. 11,25) Existem em minha vida pecados de soberba: dificuldades interiores, suscetibilidade, irritação, resistência a perdoar, tendência ao desencorajamento, etc.? Peço a Deus a virtude da humildade?
11. "Imediatamente, saiu sangue e água" (Jo. 19, 34) Tenho a convicção de que, ao agir « na pessoa de Cristo », sou diretamente envolvido no próprio Corpo de Cristo, a Igreja? Posso dizer sinceramente que amo a Igreja e que sirvo com alegria ao seu crescimento, as suas causas, cada um de seus membros e toda a humanidade?
12. "Tu és Pedro" (Mt. 16,18) Nihil sine episcopo – nada sem o bispo – dizia Santo Inácio de Antioquia: estas palavras são a base do meu ministério sacerdotal? Recebi docilmente as indicações, conselhos ou correções do meu Ordinário? Rezo especialmente pelo Santo Padre, em plena união com os seus ensinamentos e intenções?
13. "Amai-vos uns aos outros" (Jo. 13,34) Tenho vivido com diligência a caridade ao tratar com os meus irmãos sacerdotes ou, ao contrário, desinteresso-me deles por egoísmo, apatia ou frieza? Tenho criticado os meus irmãos no sacerdócio? Tenho estado junto daqueles que sofrem pela enfermidade física ou pelas dores morais? Vivo a fraternidade afim de que ninguém esteja só? Trato todos os meus irmãos sacerdotes e também aos fiéis leigos com a mesma caridade e paciência de Cristo?
14. "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo. 14,6) Conheço profundamente os ensinamentos da Igreja? Os assimilo e transmito fielmente? Sou consciente de que ensinar o que não corresponde ao Magistério, solene ou ordinário, é um grave abuso, que causa dano às almas?
15. "Vai e não tornes a pecar" (Jo. 8,11) O anúncio da Palavra de Deus leva os fiéis aos sacramentos. Confesso -me com regularidade e com freqüência, de acordo com o meu estado e com as coisas santas que trato? Celebro generosamente o sacramento da reconciliação? Sou amplamente disponível à direção espiritual dos fiéis, dedicando a isto um tempo específico? Preparo com desvelo a minha pregação e a minha catequese? Prego com zelo e com amor de Deus?
16. "Chamou os que ele quis. E foram a ele" (Mc. 3,13) Estou atento a descobrir os sinais das vocações ao sacerdócio e à vida consagrada? Preocupo -me em difundir entre todos os fiéis uma maior consciência da chamada universal à santidade? Peço aos fiéis para que rezem pelas vocações e pela santificação do clero?
17. "O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir" (Mt. 20,28) Tenho procurado doar-me aos outros na vida de cada dia, servindo evangelicamente? Manifesto a caridade do Senhor através de minhas obras? Na Cruz, vejo a presença de Jesus Cristo e o triunfo do amor? Dou ao meu dia-a-dia a marca do espírito de serviço? Considero o exercício da autoridade ligada ao ofício uma forma imprescindível de serviço?
18. "Tenho sede" (Jo. 19,28) Tenho efetivamente rezado e me sacrificado com generosidade pelas almas que Deus me confiou? Cumpro os meus deveres pastorais? Tenho solicitude pelas almas dos fiéis defuntos?
19. "Eis o teu filho. Eis a tua mãe" (Jo. 19,26-27) Acudo cheio de esperança à Santíssima Virgem Maria, Mãe dos sacerdotes, para amar e fazer com que amem mais ao seu Filho Jesus? Cultivo a piedade mariana? Reservo um espaço a cada dia para o Santo Rosário? Recorro à sua materna intercessão na luta contra o demônio, a concupiscência e o mundanismo?
20. "Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito" (Lc. 23,44) Sou solícito em assistir e administrar os sacramentos aos moribundos? Considero a doutrina da Igreja sobre os Novíssimos em minha meditação pessoal, na catequese e na pregação ordinária? Peço a graça da perseverança final e convido os fiéis a fazerem o mesmo? Sufrago freqüente e devotamente as almas dos fiéis defuntos?
Dia  15/06 Dia Mundial de oração pela Santificação do Clero!!!

Rezemos por nossos Padres.....





Hoje também Dia do Sagrado Coração de Jesus