Mito 19: “O
Concílio Vaticano II aboliu o latim”
Não aboliu.
Pelo contrário: o Concílio Vaticano II incentivou o uso do latim como
língua litúrgica.
Diz o Concílio (Sacrossanctum Concilium, n.36) : “Salvo o direito
particular, seja conservado o uso da língua latina nos ritos latinos.” Embora
exista atualmente em muitos lugares a concessão para se celebrar em língua
local, o latim segue sendo a língua oficial da Santa Igreja e mantém o seu significado
de unidade e solenidade: “O uso da língua latina vigente em grande parte da
Igreja é um caro sinal da unidade e um eficaz remédio contra toda corruptela da
pura doutrina.” (Papa Pio XII, na Encíclica Mediator Dei, n.53, de 1947)
Por isso o Santo Padre Bento escreveu (Sacramentum Caritatis, n.62): “A
nível geral, peço que os futuros sacerdotes sejam preparados, desde o tempo do
seminário, para compreender e celebrar a Santa Missa em latim, bem como para
usar textos latinos e entoar o canto gregoriano; nem se transcure a
possibilidade de formar os próprios fiéis para saberem, em latim, as orações
mais comuns e cantarem, em gregoriano, determinadas partes da liturgia.”
E a Instrução Redemptionis Sacramentum (n. 112) determina: “Excetuadas
as Celebrações da Missa que, de acordo com as horas e os momentos, a autoridade
eclesiástica estabelece que se façam na língua do povo, sempre e em qualquer
lugar é lícito aos sacerdotes celebrar o santo Sacrifício em latim.”
O Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI (no livro “O sal da Terra”, de
1996), reconhece que a “nossa cultura mudou tão radicalmente nos últimos trinta
anos que uma liturgia celebrada exclusivamente em latim envolveria um elemento
de estranheza que, para muitos, não seria aceitável.” Por outro lado, “o
Cardeal (Francis Arinze, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e
Disciplina dos Sacramento) também sugeriu que as paróquias maiores tenham uma
Missa em latim pelo menos uma vez por semana e que as paróquias rurais e
menores a tivessem pelo menos uma vez ao mês.” (ACI Imprensa, 16 de Novembro de
2006)
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